
A CRIATIVIDADE
Albert Einstein
terça-feira, 29 de julho de 2014

segunda-feira, 28 de julho de 2014
Dormir com os pais
Público – 27 julho 2014
Porque SIM
DANIEL SAMPAIO
Existe hoje alguma controvérsia
sobre se os filhos devem dormir na cama dos pais, pelo menos durante os
primeiros meses de vida. Podemos afirmar que existem vários tipos de
“parentalidade nocturna”: alguns progenitores são rigorosos em proibir uma
noite inteira na sua cama, outros transformam-na numa verdadeira “cama
familiar”, em que uma ou duas crianças se acomodam, às vezes com manifesta
falta de espaço, no leito conjugal.
Os meus pais eram muito coerentes
na sua educação. À hora de deitar, eu ia dormir sozinho, sem grandes protestos.
Embora não me recorde, como é óbvio, dos meus tempos de bebé, as estórias que
me contavam eram de uma ida precoce para a minha cama; e se acordava de noite,
a minha mãe ou a minha avó iam lá sossegar-me os medos, sem que tivessem de
perturbar o seu descanso por muito tempo.
Hoje nem todos pensam como os
meus familiares. Os pais trabalham muito, reivindicam para si mesmos uma noite
sem interrupções ou preferem não ter de se confrontar com choros e birras das
crianças. Defendem o seu direito ao descanso, por vezes numa posição de algum
narcisismo. A solução passa então por aceitar que os filhos os acompanhem
durante longos períodos ou mesmo toda a noite, de modo a que não haja qualquer
período de insónia.
Alguns pediatras e psicólogos
vieram em sua defesa. Alegam que a proximidade entre pais e filhos facilita a
intimidade recíproca, acalma as crianças e permite uma tranquilidade que
favorece o desenvolvimento físico e mental. Defendem que dormir junto aos pais
é a melhor forma de evitar a “síndrome da morte súbita”, a primeira causa de
mortalidade no primeiro ano de vida, e que corresponde à morte repentina e sem
explicação no primeiro ano do bebé. Segundo os defensores do co-sleeping
(dormir em conjunto) e da family-bed (cama familiar), os pais que estão mesmo
ali ao lado podem logo intervir e salvar o filho. A investigação provou, no
entanto, o contrário: a síndrome da morte súbita ocorre muitas vezes em bebés
que estão na cama dos pais, sobretudo quando os progenitores abusam de álcool e
drogas ou tomam medicamentos para dormir.
Os meus argumentos contra o
co-sleeping são outros. Considero que o desígnio fundamental da educação é o da
autonomia, esse percurso singular que leva cada um a ser capaz de gerir a sua
própria norma, ou seja, ter uma existência independente e confiante. Uma criança
pequena não pode viver sozinha, mas pode construir o seu caminho para ser capaz
de o fazer mais tarde. Assim, dormir sozinho faz parte desse percurso a
percorrer. Até aos seis meses, a criança deve dormir num berço junto à cama dos
pais, depois (no máximo com um ano) deverá ter o seu quarto e a sua cama,
sempre que as condições da casa o permitam.
A investigação abre caminho a
outras compreensões deste problema do co-sleeping. Diversos estudos demonstram
que as crianças que permanecem muito tempo na cama dos pais exacerbam
comportamentos sexuais precoces e exibem curiosidade excessiva sobre a
intimidade dos progenitores. Por outro lado, muitos pais tornam-se demasiado
permissivos (em muitos contextos), porque não são capazes de confrontar os
filhos com um “não” durante a noite, ou então acabam por mostrar sentimentos de
culpa, por darem demasiada importância às suas próprias necessidades de repouso
e bem-estar.
A regra deverá ser: afecto antes
de dormir, sossego depois, em camas separadas.
Daniel Sampaio
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Andamos
sempre a correr e não sabemos quando parar. No entanto, assim que nos sentamos
durante dois minutos, já não conseguimos aguentar o peso da cabeça e das
pálpebras. Este é um dos sinais (mais óbvios…) de que anda a dormir poucas
horas. Mas o Huffington Post, com a
ajuda de Rachel Grumman Bender, do site YouBeauty.com,
e Shelby Freedman Harris, directora
do departamento da Medicina do Sono do Centro Médico de Montefiore, Nova Iorque, decidiu fazer uma lista dos dez sinais que
mostram que está a dormir poucas horas.
1. Adormece
rapidamente: Muitos podem pensar que ‘cair para o lado’ rapidamente pode
significar que temos um ‘bom sono’. Errado: Se lhe acontece recorrentemente
adormecer cerca de 5 minutos após se deitar, provavelmente tem problemas de
sono, assegura a National Institute of
Neurologival Disorders and Stroke.
2. Anda mais
impulsivo: Anda a gastar mais dinheiro em coisas que antes considerava
supérfluas, por exemplo? A falta de sono pode estar por detrás destes
comportamentos. “O córtex pré-frontal é muito afectado pela privação de sono”,
explica Shelby Freedman Harris. “Esta
área está associada à capacidade de ajuizar, ao controlo dos impulsos, à
associação visual e à concentração. Dormir poucas horas faz com que não sejamos
capazes de tomar as melhores decisões, como, por exemplo, não pensar no que
comemos ou no que compramos”, explica a médica.
3. Apoiar-se
mais nos clichés: Se usa frases feitas em situações que não fazer sentido
(“Mais vale prevenir do que remediar” quando não há nada que depois tenha que
ser emendado, por exemplo), está na altura de fazer uma sesta. “O lobo frontal
está associado ao discurso, pensamento construtivo e criatividade, acabando por
ser afectado pela privação de sono”, explica Harris. “As pessoas que dormem pouco sentem dificuldade em manter
um discurso espontâneo, acabando por cair em ‘clichés’, discurso monocórdico e
frases feitas”, acrescenta.
4. Andar
esquecido: Se se está sempre a esquecer de tudo, desde o presente de anos do
seu pai à conta do gás do mês passado, é provável que ande com falta de
descanso. O sono ajuda a consolidar a memória e a processar as emoções. “Sem o
descanso necessário, é mais difícil memorizar as coisas”, diz a especialista.
5. Tem mais
fome do que é normal: Como dorme menos, é mais provável que ande agarrado a um
pacote de batatas fritas ou de bolachas. A privação de sono aumenta o apetite,
uma vez que existem duas hormonas que são afectadas por este problema: A leptina
– “a hormona que manda o nosso corpo parar de comer, dando-nos a sensação de
saciamento” – e a grelina – “a hormona que nos diz que temos fome e que
temos que comer”, explica Harris. A
falta de sono leva ao desequilíbrio das mesmas, deixando-nos sempre com
fome.
6. Leu esta
frase duas vezes: Não consegue reter aquilo que lê e até tem que se concentrar
mais e semicerrar os olhos para ver como deve ser. Todos estes problemas são
consequências da falta de sono, explica um estudo, feito em 2009, publicado no
jornal Sleep.
7. Anda
taciturno: Há quem tenha um ar mais descaído e com o olhar triste por natureza,
mas se a sua postura não costuma ser essa, o mais provável é que ande a dormir
pouco, uma vez que a falta de sono afecta o nosso sistema motor e capacidades
físicas.
8. Anda
sempre a discutir: Não tem paciência para ninguém, só lhe apetece gritar com
tudo e com todos, especialmente aqueles que lhe são mais próximos. Não há nada
que indique melhor que anda a dormir pouco do que a relação que mantém com o
seu parceiro e familiares.
9. Não pára
de divagar: Tal como referimos anteriormente, a falta de sono não nos deixa
concentrarmo-nos como deve ser. Assim sendo, se perceber que anda muitas vezes
a ‘dispersar’ enquanto guia ou trabalha, isso significa que tem que dormir
mais.
10. Não
aguenta o escuro: Basta entrar numa sala de cinema ou num espaço escuro que
adormece logo… Mesmo que sejam 11h00. Se não aguenta um quarto escuro, tem que
dormir mais.
http://www.sol.pt/noticia/109633
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